O lance dos presentes inusitados
Sempre, sempre, sempre que eu ganho um presente, surge no fundo do peito, bem escondidinho lá no fundinho, um receio do que está por vir. E antes de tudo é melhor deixar claro que não sou uma pessoa difícil e que gosto muito de ganhar presentes. Aceito tudo de bom grado. Mas tenho um histórico interessante que vale a pena lembrar. Até hoje, não ganhei nada que me causasse tanta surpresa quanto dois presentes ganhos quando era adolescente. Vou contar direito, começando pelo começo.
Era uma vez... uma reunião de família. Uma tia acabara de voltar da Espanha e tinha trazido alguns presentes. Confesso que apaguei da memória a sequencia de eventos, deixando registrado apenas o meu presente. Com embrulho bem simples, sem papel de presente ou laço de fita, o presente veio apenas com uma recomendação verbal, sussurrada ao meu ouvido: “o seu você deixa para abrir depois, porque é uma coisa feminina”. Pensei: “ãhn?!” E então ouvi, em alto e bom tom, a explicação para o público de que o meu presente não seria aberto na frente de todos, que era algo apenas para mulheres. Puta curiosidade! O que poderia ser?! Quando finalmente fugi do local, seguida da tia e de umas primas, ouvi uma explicação: “são absorventes fantásticos... as meninas adoraram... aqui no Brasil não tem igual”.
...
Eu só consigo imaginar qual deve ter sido minha expressão em relação ao inusitado presente. Como uma pessoa viaja para a Espanha e traz para uma pessoa um pacote de absorventes. Eu penso que poderia ter sido até fabricado por alienígenas, mas eu teria preferido, sem sombra alguma de dúvida, uma camiseta! Um chaveiro, daqueles básicos... Um cartão postal!! Mas absorventes?!
Mas então abri o tal embrulho e era um diminuto saco plástico transparente, lacrado. Dentro, dava para ver uns envelopinhos roxos com bolinhas rosas (?!). E a embalagem estava em outra língua! Mas os tais envelopinhos pareciam ter uns 7 x 6cm, fininhos... não dava para entender. Agradeci, claro, óbvio... sou uma pessoa educada, mesmo tomada pelo choque profundo. E entreguei o presente à minha mãe, para guardar. Em casa, olhei e avaliei de forma simples: isso é pequeno demais, vai vazar... vai pro fundo da gaveta. E lá ficou o pacotinho por mais de ano. Vale dizer que ainda não existia nada similar no Brasil, portanto, eu não podia imaginar que o absorvente estava dobrado no envelopinho individual, coisa que só descobri após o lançamento de algumas marcas nacionais que passaram a vender e DIVULGAR, explicar e tal o produto. Só então, o pacotinho saiu da gaveta e o presente teve uso. Mas nunca esquecerei a situação! Até porque esta minha tia, tão criativa e inspirada para presentes (e agora lembro dos presentes descritos no Balde de Gelo) ainda teve outra oportunidade de me deixar sem sem reação, surpresa e emocionada, abalada com outro presente. Mas este eu conto em outro post... assim que possível! Lembrar de tudo de uma só vez me traz lágrimas aos olhos de tanto dar risada.
Era uma vez... uma reunião de família. Uma tia acabara de voltar da Espanha e tinha trazido alguns presentes. Confesso que apaguei da memória a sequencia de eventos, deixando registrado apenas o meu presente. Com embrulho bem simples, sem papel de presente ou laço de fita, o presente veio apenas com uma recomendação verbal, sussurrada ao meu ouvido: “o seu você deixa para abrir depois, porque é uma coisa feminina”. Pensei: “ãhn?!” E então ouvi, em alto e bom tom, a explicação para o público de que o meu presente não seria aberto na frente de todos, que era algo apenas para mulheres. Puta curiosidade! O que poderia ser?! Quando finalmente fugi do local, seguida da tia e de umas primas, ouvi uma explicação: “são absorventes fantásticos... as meninas adoraram... aqui no Brasil não tem igual”.
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Eu só consigo imaginar qual deve ter sido minha expressão em relação ao inusitado presente. Como uma pessoa viaja para a Espanha e traz para uma pessoa um pacote de absorventes. Eu penso que poderia ter sido até fabricado por alienígenas, mas eu teria preferido, sem sombra alguma de dúvida, uma camiseta! Um chaveiro, daqueles básicos... Um cartão postal!! Mas absorventes?!
Mas então abri o tal embrulho e era um diminuto saco plástico transparente, lacrado. Dentro, dava para ver uns envelopinhos roxos com bolinhas rosas (?!). E a embalagem estava em outra língua! Mas os tais envelopinhos pareciam ter uns 7 x 6cm, fininhos... não dava para entender. Agradeci, claro, óbvio... sou uma pessoa educada, mesmo tomada pelo choque profundo. E entreguei o presente à minha mãe, para guardar. Em casa, olhei e avaliei de forma simples: isso é pequeno demais, vai vazar... vai pro fundo da gaveta. E lá ficou o pacotinho por mais de ano. Vale dizer que ainda não existia nada similar no Brasil, portanto, eu não podia imaginar que o absorvente estava dobrado no envelopinho individual, coisa que só descobri após o lançamento de algumas marcas nacionais que passaram a vender e DIVULGAR, explicar e tal o produto. Só então, o pacotinho saiu da gaveta e o presente teve uso. Mas nunca esquecerei a situação! Até porque esta minha tia, tão criativa e inspirada para presentes (e agora lembro dos presentes descritos no Balde de Gelo) ainda teve outra oportunidade de me deixar sem sem reação, surpresa e emocionada, abalada com outro presente. Mas este eu conto em outro post... assim que possível! Lembrar de tudo de uma só vez me traz lágrimas aos olhos de tanto dar risada.