17.5.11

O lance dos presentes inusitados

Sempre, sempre, sempre que eu ganho um presente, surge no fundo do peito, bem escondidinho lá no fundinho, um receio do que está por vir. E antes de tudo é melhor deixar claro que não sou uma pessoa difícil e que gosto muito de ganhar presentes. Aceito tudo de bom grado. Mas tenho um histórico interessante que vale a pena lembrar. Até hoje, não ganhei nada que me causasse tanta surpresa quanto dois presentes ganhos quando era adolescente. Vou contar direito, começando pelo começo.
Era uma vez... uma reunião de família. Uma tia acabara de voltar da Espanha e tinha trazido alguns presentes. Confesso que apaguei da memória a sequencia de eventos, deixando registrado apenas o meu presente. Com embrulho bem simples, sem papel de presente ou laço de fita, o presente veio apenas com uma recomendação verbal, sussurrada ao meu ouvido: “o seu você deixa para abrir depois, porque é uma coisa feminina”. Pensei: “ãhn?!” E então ouvi, em alto e bom tom, a explicação para o público de que o meu presente não seria aberto na frente de todos, que era algo apenas para mulheres. Puta curiosidade! O que poderia ser?! Quando finalmente fugi do local, seguida da tia e de umas primas, ouvi uma explicação: “são absorventes fantásticos... as meninas adoraram... aqui no Brasil não tem igual”.
...
Eu só consigo imaginar qual deve ter sido minha expressão em relação ao inusitado presente. Como uma pessoa viaja para a Espanha e traz para uma pessoa um pacote de absorventes. Eu penso que poderia ter sido até fabricado por alienígenas, mas eu teria preferido, sem sombra alguma de dúvida, uma camiseta! Um chaveiro, daqueles básicos... Um cartão postal!! Mas absorventes?!
Mas então abri o tal embrulho e era um diminuto saco plástico transparente, lacrado. Dentro, dava para ver uns envelopinhos roxos com bolinhas rosas (?!). E a embalagem estava em outra língua! Mas os tais envelopinhos pareciam ter uns 7 x 6cm, fininhos... não dava para entender. Agradeci, claro, óbvio... sou uma pessoa educada, mesmo tomada pelo choque profundo. E entreguei o presente à minha mãe, para guardar. Em casa, olhei e avaliei de forma simples: isso é pequeno demais, vai vazar... vai pro fundo da gaveta. E lá ficou o pacotinho por mais de ano. Vale dizer que ainda não existia nada similar no Brasil, portanto, eu não podia imaginar que o absorvente estava dobrado no envelopinho individual, coisa que só descobri após o lançamento de algumas marcas nacionais que passaram a vender e DIVULGAR, explicar e tal o produto. Só então, o pacotinho saiu da gaveta e o presente teve uso. Mas nunca esquecerei a situação! Até porque esta minha tia, tão criativa e inspirada para presentes (e agora lembro dos presentes descritos no Balde de Gelo) ainda teve outra oportunidade de me deixar sem sem reação, surpresa e emocionada, abalada com outro presente. Mas este eu conto em outro post... assim que possível! Lembrar de tudo de uma só vez me traz lágrimas aos olhos de tanto dar risada.

O lance do mais novo

Quem lê isso aqui, desde o começo, sabe que sou um tanto quanto viciada em filmes. É uma coisa que demanda investimento de tempo, dinheiro e, ultimamente, paciência para baixar pela internet. E como é maneiro assistir filmes indicados ao Oscar antes do Oscar! Eu consigo vários este ano, inclusive, votei no filme vencedor (O Discurso do Rei). Show de bola!
Mas o início da febre dos downloads na minha vida foi com séries. Aquelas que são exibidas nos EUA e só depois de alguns vários anos chegam ao Brasil. Taí um novo vício, maior até do que o dos filmes. Só não ganha para a mania do Trident, que é o dia todo. Não vou nem entrar em detalhes sobre beber cerveja com Trident na boca o tempo todo nas baladas, porque alguém pode achar que sou louca. Só posso dizer é que é bom pro hálito (melhor estar atenta a isso sempre, né?!) e “evita” a sensação de estar ficando bêbada. Bom, vou deixar isso de lado porque meu post de hoje tinha um objetivo claro quando abri a página em branco... Vamos à novidade que deixei de compartilhar por falta de posts ao longo do tempo.
Eu tenho um afilhado. Sim! E ele já está com 3 anos!! Obviamente, vale lembrar que o sobrinho mais velho, afilhado do fundo do coração, já está quase completando 7 anos!!!!! Impressionante como “o tempo passa, o tempo voa...” E como eles são fantásticos. Lindos, espertos, carinhosos, sapecas. Brincam bastante. Brigam bastante. E os adultos, como sempre, babam bastante. Coisa de louco! E é engraçado ver como o mais novo imita o mais velho o tempo todo. Um grita, o outro também. Um pula, o outro também. Um brinca com um carrinho, o outro também. E nesta hora, como é o mesmo carrinho, dá confusão também. Mas de boa!

Sempre que eu penso que preciso voltar à cidade grande, reingressar no mercado de trabalho e dar rumo à minha vida, eu lembro que o motivo de estar aqui é a família. Então eu penso nos sobrinhos e putz... parece que a certeza de ir embora perde espaço no coração, por mais que a razão diga o contrário.
Vou parando por aqui... pelo menos por agora. Depois conto mais.

12.5.11

O lance do cinema

Hoje assisti ao filme Velozes e Furiosos 5 e amei!!! Mentirada absurda, mas é show de bola. Muita ação, muita adrenalina, os caras tudo de bom... precisava de mais o que?! Tá certo que fui "segurando vela" agora que tô alone again e em fase de desapaixonar (não existe o termo, mas fica claro, né não?!). Mas sabe que este é um tipo de filme ótimo pra coração partido, porque bastante coisa explode, muita gente morre, tiro e luta pra todo lado. Só não dava pra ser um filme de romance, do tipo água com açúcar como o que eu queria ver até outro dia. Vou desistir do "Sexo sem compromisso", mesmo sendo com o Ashton Kutcher (é assim que escreve? sei lá), porque sexo sem compromisso pra mulher é mais surreal do que a mentirada do Velozes. E nem conto sobre a sequencia... até li sobre reunir o elenco, mas não tinha idéia de que pretendiam recorrer ao sobrenatural ou enveredar por um script que passa pelo filme A Múmia... não dá pra especificar, mas vejam a cena logo após os créditos para saber do que estou falando. Vale dizer que o cinema tava lotadaço, considerando dia de promoção, em plena quarta-feira, por 6 pratas. Até mais!

11.5.11

O lance do Rock n' Rio 2011

Não era pra ser... definitivamente, não era pra ser! Ou simplesmente perdi a oportunidade por não acreditar que o mundo gira cada vez mais rápido e que esse negócio de vender tudo pela internet é uma chatice!!! Há alguns anos, eu nem sonharia que uma venda de ingressos podia durar tão pouco tempo. Foram apenas umas 10 horas de vendas pela internet, da 0:01 até umas 10h da manhã do dia 7/maio e uns 4 dias em quiosques de venda com filas absurdas e insanas. Depois de tantos anos (a última edição foi em 2001), foi o que aconteceu com a edição de 2011 do Rock n' Rio, no Rio de Janeiro, e não estarei presente.

Você lembra da história da platéia jogando latinha no Carlinhos Brown porque não aguentava mais aquelas músicas quando o objetivo da noite era o show do Guns n' Roses?! Então... eu era uma das pessoas da platéia e sim, joguei latinha. E quando o Axl entrou no palco, com os tais quilos a mais, nem liguei, porque o show foi simplesmente fantástico!!!!

Bom, mas como tudo tem seu lado ruim e seu lado bom, considerando que não vou gastar dinheiro com o ingresso, vou comprar a jaqueta de couro que eu tava querendo tanto... rs

Nossa, tava mesmo com saudade disso aqui!!!!

O lance das baladas

Abandonado! Este blog ficou abandonado por um longo tempo, mas agora vou voltar a escrever. Trata-se de uma necessidade egoísta como forma de desabafar sobre os lances do dia-a-dia. Desde o ano passado estava cogitando esta possibilidade, mas nada de criar coragem e colocar mãos à obra ou de fato postar alguma coisa. E muito aconteceu que merecia comentários... como o polvo Paul que fez previsões sobre a Copa do Mundo, ou as “roupas” esquisitas da Lady Gaga, talvez sobre a minha própria vida, que não tá lá essas coisas desde que vim morar no interior de Minas, este lugar sem praia, sem agito, sem mercado de trabalho, mas onde mora minha família!!

Nada de tentar atualizar tantos anos em um só post... óbvio que não daria certo. Portanto, vamos por partes, como faria Jack, o estripador (coisa mais sem graça!) ou Sweeney Todd, porque eu amo o Johnny Depp.

Vamos falar de festa, balada, curtição... Depois de quase 4 anos sem entrar numa “balada” (no Rio eu diria “sem sair pra night”), a primeira festa foi um lance à tarde (acreditem!), chamado Velório do Carneiro. É uma festa “universitária”, que ganhou este nome por algum motivo estranho, porque não era velório, nem tinha carneiro (nem o animal vivo, nem pra comer)... Melhor nem tentar entender. Mais fácil dizer que o objetivo da parada era a cerveja! E ouvimos dizer que era uma carreta inteirinha de cerveja para uma festa que começava lá pelas 13h e tinha término previsto para 23h. Foi em setembro do ano passado. Muito legal, festa boa pra beijar gente que no dia seguinte eu nem lembrava do nome. Bebi enquanto teve festa... e até a hora de ir embora, porque tinha que pegar o último ônibus da noite.

Agora tenho que dizer que rolou uma coisa legal. Tive que comprar um carro por causa de um trabalho e agora sou uma pessoa motorizada. Mas como nada na minha vida é muito fácil, antes, eu não saía porque, além de falta de amigas solteiras, o último ônibus era 23h40. Nem Cinderela passou por isso, porque ela podia ficar no baile até meia-noite. Depois que comprei o carro, surgiu a P... da Lei Seca!!! Inacreditável!! O dilema passou a ser sair sem beber ou não sair... e eu continuei bebendo em casa. Até que em dezembro, chutei o balde de vez!!! Mudei tudo. Não só comecei a sair de carro, como resolvi beber. Fiquei tão empolgada de voltar a sair, beijar, curtir, dançar que praticamente tava batendo ponto no lugar, toda sexta. Saía com uma amiga que tinha ficado solteira e outras amigas dela... e o lugar era o St. Patrick Pub. Mas aí... tudo que é bom um dia acaba. Briguei feio com a amiga o, por motivos que não valem a pena mencionar. E então, pra ficar legal, deixei de lado tudo o que me falavam nesta cidade de interior e resolvi sair sozinha. Não podia ser mais estranho! E tudo por culpa do Guns n’Roses, óbvio. O lance é que ia ter um cover do Guns em uma das baladas mais famosas da cidade. No total, devem ser uns 4 ou 5 lugares pra sair à noite, sendo que uns dois são bons, quando estão cheios e quando a música é boa e quando dá gente da minha idade e quando você encontra alguém bonito/legal. Nunca todos os fatores são observados em uma mesma noite, claro! Mas voltando... cheguei no lugar sozinha, entrei na fila sozinha e entrei no lugar sozinha. Sentei (e adivinhem), sozinha. Quando, surpresa, percebi uma outra garota sozinha. Bom, chance de conversar e me sentir menos alien. Ela era turista de Campinas, em férias. Em Poços de Caldas?????? Que diabo de férias são estas?! Sem praia, sem agito, sozinha, nesta cidade?! Nunca entendi... Bebi um tanto, relaxei e fiquei mais tranquila com a situação. O show foi legal, mas o lugar, meio vazio. Conhecemos uns argentinos, turistas também e até que foi tudo bem. Combinamos de sair no dia seguinte para outro lugar que eu ainda não conhecia, o New York. É um pub bem legal, embora um tanto apertado. Foi o primeiro de muitos sábados que viriam no NY. Passei a alternar noites de sexta e sábado entre o Pub e o NY, conheci outras pessoas e agora já tenho companhia para os fins de semana. Mas teve uma noite, em especial, em que eu tava sozinha, quietinha, bebendo Heinecken e curtindo a banda. Depois de muito tempo por perto, ELE veio falar comigo. Alguma coisa aconteceu... destino... eu acho... Não vi os sinais... mas no meio do caminho, entre erros e acertos... perdi ELE. Pena que tinha acabado de me descobrir apaixonada. Agora, ou fui eu mesma que quebrei, ou foi ele que pisou e estraçalhou meu coração... mas o fato é... o que nem começou direito, chegou ao fim. E eu não paro de pensar NELE. Depois de tantos anos sem me apaixonar... E agora tá F... ir ao NY imaginando dar de cara com ELE. Por quê?! Tudo tem que ser tão difícil?!

CONTINUA... ou não...