28.5.06

O lance da crítica

Eu sei, eu sei... um tempão sem escrever. Tenho até pensado em transformar isto aqui em um blog sobre filmes apenas, nada mais de blá blá blá sobre a vida, mas sei lá. É que a vida é pra se viver. E eu tenho vivido! Só não tenho tido a habilidade pra escrever a respeito. Acho que lida a minha vida parece muito chata. Então, vamos falar do filme mais badalado dos últimos tempos, o lançamento do mês. Ainda que concorrendo com dois outros sucessos esperadíssimos – Missão Impossível 3 e X-Men III – a adaptação para a telona do livro do Dan Brown atingiu o objetivo quanto à bilheteria mas está dividindo o público, recebendo elogios e críticas. Polêmica pouca é bobagem, né?! O livro já era polêmico, o filme não podia ser diferente.

Minha opinião: gostei porque foi bom pra relembrar a história e pra ver coisas que só tinham sido imaginadas. É sempre bom ver os personagens se tornarem “humanos”. Ganharem vida, corpo, formas, expressão, etc. Mas aí ferrou tudo porque eu não consegui enxergar o Robert Langdon no Tom Hanks. O ator que eu acho um dos bons de Hollywood, um cara carismático, capaz de excelentes atuações, deixou a desejar no quesito expressão, performance. Ele parecia apático e incapaz de sacadas brilhantes como as do Langdon do livro. Não vi nada do charme ou da esperteza de um cara que se vê fora do ambiente acadêmico investigando um segredo que pode mudar a história do mundo que conhecemos. Aliás, no livro, tudo acontece em 24 horas apenas, o que dá velocidade e movimento à história. O filme, por sua vez, chegou a ter momentos monótonos e a passagem do tempo (para quem não leu o livro, principalmente) ficou mal definida. A Audrey Tautou está muito bem como a Sophie Neveu e o Paul Bettany está assustadoramente fantástico como o monge matador Silas. Pra quem viu Wimbledon – O jogo do amor, o Paul parece ter tido uma conversinha com o diabo pra ficar mauzinho como o Silas. Show de interpretação, mas claro que muito se deve ao próprio personagem que é marcante. O Ian McKellen tá bem como Sir Leigh Tiebing (a gente nem consegue sentir raiva dele). E o Bezu Fache do Jean Reno não está mal, mas também não ficou a cara do personagem descrito no livro... dá pra levar. Era óbvio que a adaptação mudaria a história, mas achei forçada a cena da pesquisa no celular, em vez de uma cena na biblioteca (acho que teria sido melhor não mostrar a cena, apenas dizer que foi feita a pesquisa, em vez de partir para um recurso que não combina com a história).

Em resumo, é sempre bom ver livros virarem filmes (eu adoro!). Alguns ficam melhores, outros piores. Os que são muito esperados, também tendem a decepcionar um pouco, principalmente pra cinéfilos. Nessas horas, valorizo muito as minisséries globais, com mais tempo pra contar a história. Lembro de uma minissérie que foi muito boa, baseada em um livro do Sidney Sheldon – Lembranças da meia-noite. Esta foi dos EUA, passou na Globo e foi muito show! Podiam ter adquirido os direitos do livro para uma minissérie, mas aí a bilheteria seria “desperdiçada”, eu sei.

Aproveitando a deixa, vou indicar um filme que assisti no dvd esta semana: E se fosse verdade. O filme é bem legal. Mistura comédia, romance, drama. Adorei!! E não dava nada por ele. Vale a pena assistir. No mais, alguém já assistiu X-Men III – O confronto final? Ouvi dizer que é o melhor deles. Ainda não fui porque depois de fila pra assistir Missão Impossível 3 e O Código Da Vinci, achei que era melhor deixar pra ver quando o cinema estiver mais tranquilo. Depois eu conto!

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