O outro lance do carnaval

No post anterior... eu tinha dito, entre várias outras coisas, que o ônibus saía da rodoviária às 22h15 e que eu queria voltar do carnaval em Poços com lances legais pra contar. Então vamos por partes, como faria Jack (aquele Jack, O estripador), mas direto ao assunto.

Em primeiro lugar, não existia nenhum ônibus para Poços saindo às 22h15, mas apenas os que vi sair às 21h30, 21h45 e 22h. Todos saíram atrasados da rodoviária e só quando já eram 22h50, um despachante muito “profissional, competente, simpático, cordial, gentil” (leia-se FDP) disse que não existia o tal ônibus. Claro que isso podia não ser problema se eu já não estivesse na rodoviária há mais de 2 horas, no meio daquela zorra, morrendo de calor e suando em bicas, além de ter visto 3 ônibus partirem. Obviamente exigi providências, mas a coisa tava difícil. A rodoviária fervilhava com reclamações, por todos os lados, além de malas espalhadas pelo chão, pessoas se esbarrando e procurando seus ônibus, gente passando com caixas na cabeça, etc, etc... enfim, tudo o que faz da viagem no carnaval o caos de todo ano! Pra resumir a história, depois de inúmeros palavrões (alguns mentais, outros de desabafo para a minha amiga, outros de raiva, outros de desespero... então vejam que foram muitos mesmo, tantos que minha alma já deve ter lugar garantido no inferno), consegui que a empresa de ônibus autorizasse o embarque no ônibus para Campinas, já sabendo que lá, eu teria que pagar pelo trecho até Poços. Até agora não sei se o erro foi da agência que emitiu as passagens ou se foi da empresa de ônibus, mas tô tentando descobrir pra poder pegar meu reembolso. Arghhhh! A única coisa boa da história foi ter ido até Campinas num ônibus leito, o que era mais do que merecido após sair da rodoviária só à 0h10, depois de tanta confusão e aborrecimento.

Chegamos a Poços lá pela metade da manhã e a partir daí, junto com a família, o carnaval começou a entrar num ritmo... digamos... de carnaval! Até levamos o pequeno da casa (meu sobrinho que já está com 1 ano e 8 meses, lindo demais) para pular carnaval na praça do centro da cidade. Ele tava lindo de indiozinho! Que o diga a família toda babando ao redor dele. Foi muito legal.

Aquele tipo de carnaval de rua, como os que eu gostava quando era pequena, com marchinhas dos antigos carnavais e crianças brincando, dançando, jogando confete e serpentina, tudo muito animado e seguro. Foi só à noite que comecei a sentir... uma maldita dor de garganta. Pois é... tive que cortar as cervejinhas nos dias seguintes (ninguém merece, em pleno carnaval, um martírio destes!!!) e entrar no antibiótico. Mas isto só porque eu ia fazer uma entrevista de trabalho na quarta, em SP. Se não fosse isso, teria ignorado a gripe e continuado na farra alcoólico-gastronômica. Ainda assim, a programação continuou muito boa. Rolou picanha na chapa, provoleta (adorei isso... são rodelas de provolone com rodela de tomate e orégano por cima, feitas na chapa), pizzas no forno de lenha, doces e outras delícias. Brinquei bastante com o meu sobrinho. Assistimos filmes velhos. Espirrava, fungava e tossia muito durante todos os dias também, mas isso era o de menos!

A entrevista em São Paulo, em plena quarta-feira de cinzas foi legal, mas nada para agora. Todo mundo sempre me diz que o meu CV é ótimo, que gostou muito de me conhecer, e que... assim que surgir uma vaga na empresa, etc., etc., etc. Mas nada de desanimar... O jeito é continuar procurando, indo a entrevistas e uma hora pinta alguma coisa!

P.S.: Voltei meio preguiçosa do carnaval para escrever no meu próprio blog. Este post está uma bagunça, mas é que já contei esta história da confusão tantas vezes que está embaralhada agora. E sabe o que é legal?! Consegui o reembolso pelas passagens... vou sair daqui a pouco pra receber na agência.

P.S.2: (isso existe?!) Preciso contar sobre a peça de teatro que assisti no sábado... é hilária e vale a pena conferir, pra quem é do Rio. Mas este é outro lance... e não um PS2!